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sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Resumo da Vida Católica (17)

OS SETE SACRAMENTOS DA IGREJA


Os sacramentos são sinais eficazes da graça, instituídos por Cristo e confiados à Igreja, pelos quais nos é dispensada a vida divina. Frutificam naqueles que os recebem com as disposições requeridas. Os ritos visíveis sob os quais os sacramentos são celebrados significam e realizam as graças próprias de cada sacramento[1].



Batismo[2]

Nos faz nascer para a vida divina: nos torna herdeiros do céu.

O fruto do Batismo, ou graça batismal, é uma realidade rica que compreende:

  1. O perdão do pecado original e de todos os pecados pessoais.
  2. O nascimento para a vida nova, pela qual o homem é feito filho adotivo do Pai, membro de Cristo, templo do Espírito Santo.
  3. A incorporação à Igreja, Corpo de Cristo, e a participação no sacerdócio de Cristo.


Confirmação[3]



Fortalece e adiciona à vida divina: nos converte em soldados de Cristo.

A Confirmação aperfeiçoa a graça batismal; é o sacramento que dá o Espírito Santo para:

  1. Nos enraizar mais profundamente na filiação divina.
  2. Nos incorporar mais firmemente em Cristo.
  3. Tornar mais sólido o nosso vínculo com a Igreja, associando-nos mais à sua missão.
  4. Nos ajudar a dar testemunho da fé cristã pela palavra acompanhada pelas obras.


Eucaristia[4]



Alimenta a vida divina.

A Eucaristia é o memorial da Páscoa de Cristo, isto é, da obra da salvação realizada pela vida, morte e ressurreição de Cristo, obra que se torna presente pela ação litúrgica.

Pela consagração se realiza a transubstanciação do pão e do vinho no Corpo e Sangue de Cristo. Sob as espécies consagradas do pão e do vinho, o próprio Cristo, vivo e glorioso, encontra-se presente de maneira verdadeira, real e substancial, com seu Corpo, seu Sangue, sua alma e sua divindade.

A Comunhão do Corpo e Sangue de Cristo:

  1. Acrescenta a união do comungante com o Senhor.
  2. Lhe perdoa os pecados veniais e o preserva dos pecados graves.
  3. Visto que os laços de caridade entre o comungante e Cristo são reforçados, a recepção deste sacramento fortalece a unidade da Igreja, corpo místico de Cristo.


Reconciliação ou Penitência[5]

Nos devolve a vida divina perdida pelo pecado.

A confissão individual e integral dos pecados graves seguida da absolvição é o único meio ordinário para a reconciliação com Deus e com a Igreja.

Os efeitos espirituais deste sacramento são:

  1. A reconciliação com Deus, pelo que o penitente recupera a graça.
  2. A reconciliação com a Igreja.
  3. A remissão da pena eterna contraída pelos pecados mortais.
  4. A remissão, ao menos em parte, das penas temporais, conseqüência do pecado.
  5. A paz e a serenidade de consciência e o consolo espiritual.
  6. O aumento das forças espirituais para o combate cristão.


Unção dos Enfermos[6]

Mantém a vida divina nos sofrimentos oriundos de enfermidade grave ou velhice.

A graça especial do sacramento da Unção dos Enfermos tem como efeitos:

  1. A união do enfermo à Paixão de Cristo, para seu bem e o de toda a Igreja.
  2. O consolo, a paz e o ânimo para suportar cristãmente os sofrimentos da enfermidade ou da velhice.
  3. O perdão dos pecados se o enfermo não pôde obtê-lo pelo sacramento da Penitência.
  4. O restabelecimento da saúde corporal, se convier à saúde espiritual.
  5. A preparação para a passagem para a vida eterna.


Ordem[7]

Perpetua os ministros que transmitem a vida divina.

A Ordem é o sacramento pelo qual a missão confirmada por Cristo aos seus Apóstolos continua sendo exercida na Igreja até o fim dos tempos: é, pois, o sacramento do ministério apostólico.

Compreende três graus: o episcopado, o presbiterato e o diaconato.

A Igreja confere o sacramento da Ordem unicamente a homens batizados, cujas aptidões para o exercício do ministério tenham sido devidamente reconhecidas. À autoridade da Igreja corresponde a responsabilidade e o direito de chamar alguém para receber a ordenação.

"Portanto, com o fim de afastar toda dúvida acerca de uma questão de grande importância, que liga a própria constituição divina da Igreja, em virtude do meu ministério de confirmar na Fé aos irmãos (cf. Lucas 22,32), declaro que a Igreja não tem de modo algum a faculdade de conferir a ordenação sacerdotal às mulheres e que este ditame deve ser considerado como definitivo por todos os fiéis da Igreja"[8].



Matrimônio[9]

Aperfeiçoa o amor humano dos esposos e lhes confere a graça para se santificarem no caminho para a vida divina.

A aliança matrimonial, pela qual um homem e uma mulher contituem uma íntima comunidade de vida e amor, foi fundada e dotada de leis próprias pelo Criador.

Os efeitos do matrimônio são:

  1. Origina entre os cônjuges um vínculo perpétuo e exclusivo, de modo que o matrimônio validamente celebrado e consumado entre batizados não pode jamais ser dissolvido.
  2. Os cônjuges recebem uma graça própria do sacramento, pela qual:
  • Tornam-se consagrados, por um sacramento peculiar, para os deveres e a dignidade de seu estado.
  • Se fortalece sua unidade indissolúvel.
  • Se ajudam mutuamente a santificar-se com a vida matrimonial conjugal e na acolhida e educação dos filhos.


Entre batizados, o matrimônio foi elevado por Cristo Senhor à dignidade de sacramento[10].

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Notas:
[1] Cf. Catec. Igr. Cat. § 1131.
[2] Cf. Catec. Igr. Cat. § 1279.
[3] Cf. Catec. Igr. Cat. § 1316.
[4] Cf. Catec. Igr. Cat. §§ 1409; 1413; 1416.
[5] Cf. Catec. Igr. Cat. §§ 1496-1497.
[6] Cf. Catec. Igr. Cat. § 1532.
[7] Cf. Catec. Igr. Cat. §§ 1536; 1598.
[8] João Paulo II, Carta Apostólica, 22 de maio de 1994.
[9] Cf. Catec. Igr. Cat. §§ 1638-1640; 1660..
[10] Cf. Gaudium et Spes (=GS) 48,1; Cód. Dir. Can. 1055,1.


http://www.veritatis.com.br/article/5155


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