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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Resumo da Vida Católica (6)

CHAMAMENTO À SANTIDADE


"Todos os fiéis, de qualquer estado ou regime de vida, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade". Todos somos chamados à santidade: "Sede perfeitos como vosso Pai do céu é perfeito"[1]. Se queremos corresponder ao chamamento universal à santidade, devemos colocar empenho em ser piedosos, com um plano concreto de orações e devoções que nos levará, sem percebermos, a ter uma vida contemplativa.

"Os leigos, entregues a Cristo e ungidos pelo Espírito Santo, estão maravilhosamente chamados e preparados para produzir sempre os frutos mais abundantes do Espírito. Com efeito, todas as suas obras, orações, tarefas apostólicas, a vida conjugal e familiar, o trabalho diário, o descanso espiritual e corporal, se realizadas no Espírito - inclusive as moléstias da vida, se assumidas com paciência - se convertem em sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo, que são oferecidas com toda piedade a Deus Pai na celebração da Eucaristia, unindo-se à oferenda do Corpo do Senhor". Desta forma, também os leigos dão glória a Deus em todas as partes, por meio de seu bom exemplo, "consagrando o proprio mundo a Deus"[2].

De maneira particular, a participal da missão de santificação dos pais: "impregnando de espírito cristão a vida conjugal e procurando dar educação cristã aos filhos"[3].

Para nos santificar em nossa vida cotidiana, precisamos crescer na vida espiritual, sobretudo através da oração, mortificação e trabalho.


Vida de Oração

Convém orar todo tempo e não desanimar[4]


1. "Se Deus é vida para nós, não devemos estranhar que nossa existência de cristãos seja entretida com a oração. Porém não penseis que a oração é um ato que se cumpre e logo se abandona.


O justo encontra na lei de Javé sua complacência e tende a acomodar-se a essa lei durante o dia e durante a noite. Pela manhã penso em ti; e pela tarde se dirige até ti a minha oração como o incenso. Toda a jornada pode ser tempo de oração: da noite à manhã e da manhã à noite. Mais ainda: como nos recorda a Sagrada Escritura, também o sono deve ser oração.

A vida de oração deve se fundamentar, ademais, em alguns momentos diários, dedicados exclusivamente à relação com Deus; momentos de colóquio sem ruído de palavras, junto ao Sacrário sempre que possível, para agradecer ao Senhor essa espera - e tão somente - de 21 séculos. Oração mental é esse diálogo com Deus, de coração a coração, em que intervém toda a alma: a inteligência e a imaginação, a memória e a vontade. Uma meditação que contribui para dar valor sobrenatural à nossa pobre vida humana, nossa vida diária corrente"[5]

2. "Aprendemos a orar em certos momentos escutando a Palavra do Senhor e participando de seu Mistério Pascal; porém, a todo momento, nos acontecimentos de cada dia, seu Espírito nos oferece para que faça brotar a oração.


O ensinamento de Jesus sobre a oração dirigida ao nosso Pai está na mesma linha que a da Providência: o tempo está nas mãos do Pai; o encontramos no presente; nem ontem nem amanhã, mas apenas hoje: Oxalá ouvireis hoje a sua voz: 'não endureçais vosso coração'"[6].


Vida de Sacrifício


"Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e me siga"[7].

1. "O caminho da perfeição passa pela cruz. Não há santidade sem renúncia e sem combate espiritual. O progresso espiritual implica luta e mortificação, que conduzem gradualmente a viver em paz e no gozo das bem-aventuranças: 'Aquele que sobe não cessa nunca de ir de começo em começo, mediante começos que não têm fim. Jamais o que sobe deixa de desejar o que já conhece'"[8].

2. "Ouçamos o Senhor que nos diz: quem é fiel no pouco, também o é no muito; e quem é injusto no pouco, também o é no muito. É como se Deus nos recordasse: luta a todo instante nesses detalhes, pequenos em aparência, mas grandes perante os meus olhos; vive com pontualidade o cumprimento do dever; agrade a quem precisa, mesmo que tenhas a alma dolorida; dedica, sem desvios, o tempo necessário para a oração; socorre quem te procura; pratica a justiça, ampliando-a com a graça da caridade"[9].


Vida de Trabalho



O homem foi criado para trabalhar:


1. "O trabalho humano procede diretamente de pessoas criadas à imagem de Deus e chamadas a prolongar, unidas e para mútuo benefício, a obra da criação, dominando a terra. O trabalho é, portanto, um dever: 'Se alguém não quer trabalhar, que também não coma'. O trabalho honra os dons do Criador e os talentos recebidos. Pode ser também redentor. Suportando o peso do trabalho, em união com Jesus, o carpinteiro de Nazaré e o crucificado do Calvário, o homem colabora de certa maneira com o Filho de Deus em sua obra redentora. Mostra-se como discípulo de Cristo carregando a cruz de cada dia, na atividade que foi chamado a realizar. O trabalho pode ser um meio de santificação e de animação das realidades terrenas no Espírito de Cristo".


2. "No trabalho, a pessoa exerce e aplica uma parte das capacidades inscritas em sua natureza. O valor primordial do trabalho pertence ao próprio homem, que é seu autor e destinatário. O trabalho é para o homem e não o homem para o trabalho"[10].

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Notas:
[1] Cf. Catec. Igr. Cat. § 2013.
[2] Cf. Catec. Igr. Cat. § 901.
[3] Cf. Catec. Igr. Cat. § 902.
[4] Lucas 18,1.
[5] Josemaría Escrivá de Balaguer, "É Cristo que Passa" 119, Editoriall Rialp, Madrid.
[6] Cf. Catec. Igr. Cat. § 2659.
[7] Mateus 16,24.
[8] Catec. Igr. Cat. § 2015.
[9] Cf. Josemaría Escrivá, obra citada, 77.
[10] Catec. Igr. Cat. §§ 2427-2428.

Fonte: http://www.veritatis.com.br/article/5155

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