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terça-feira, 31 de março de 2009

POR QUE TANTO ESTUPRO?




O Brasil ficou horrorizado com o caso da menina de 9 anos em Pernambuco, estuprada muitas vezes por seu padrasto, um jovem de 23 anos. Ela ficou grávida de dois gêmeos, assassinados em seu ventre materno.


Muitos até se perderam na discussão sobre a excomunhão dos que fizeram o aborto dos gêmeos da garota grávida, algo que está previsto no Código de Direito Canônico da Igreja (cânon 1398), desde a sua aprovação em 1983, e que não deveria ser surpresa para ninguém, uma vez que não é algo novo.


O Arcebispo de Olinda e Recife apenas deu ciência dessa norma da Igreja aos católicos. Mas não podemos esquecer esse crime horrível que é o estupro, essa violência diabólica contra uma menina ou mesmo contra uma moça ou mulher desprotegida. É hora de perguntar por que cresce essa violência; não só no Brasil, mas também na Europa.


O Catecismo da Igreja Católica (CIC) diz que – “O estupro designa a penetração à força, com violência, na intimidade sexual de uma pessoa. Fere a justiça e a caridade. O estupro lesa profundamente o direito de cada um ao respeito, à liberdade, à integridade física e moral. Provoca um dano grave que pode marcar a vítima por toda a vida. É sempre um ato intrinsecamente mau. Mais grave ainda é o estupro cometido pelos pais (cf. incesto) ou educadores contra as crianças que lhes são confiadas” (CIC § 2356).


Conheci a palavra “estupro” já adulto, porque quando eu era criança, e mesmo jovem, nunca tinha ouvido falar dela; simplesmente porque os casos que existiam desse crime era raríssimo. Hoje, ao contrário, qualquer jovem e criança começam a saber do que se trata; por quê? A resposta é muito simples: porque há um sexismo doentio que permeia a sociedade, levando as pessoas a buscar o prazer sexual a qualquer preço, mesmo que seja à custa do crime.


Como cresce o número de assédios sexuais e de estupro! Por quê? Sem a menor dúvida, porque estamos mergulhados até o nariz em uma perversa cultura, na qual o sexo é colocado simplesmente com um meio de prazer, independentemente de seu nobre sentido unitivo e procriador do casal, unido pelo sacramento do matrimônio.


Fora disso o sexo é perigoso, destruidor, causador de brigas, separações, gestações indesejadas, divórcios, estupros, doenças venéreas e outros males. Por isso a Igreja, “doutora em humanidade” (Paulo VI), repudia a vida sexual antes ou fora do matrimônio, e o tem como grave pecado.


“Guarda-te, meu filho, de toda a fornicação: fora de tua mulher, não te autorizes jamais um comércio criminoso” (Tb 4,13). “Mas o corpo não é para a fornicação, e sim para o Senhor, e o Senhor é para o corpo” (1Cor 6,13). “Fugi da fornicação. Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o impuro peca contra o seu próprio corpo” (1Cor 6,18).


Essa cultura medonha, suja, indecente, baixa, asquerosa, lastreada na profanação do corpo humano, esquecendo-se de que este é templo sagrado do Espírito Santo (cf. 1Cor 12,27; 3, 16; 6, 15-20) é a causa de tantos males e também dos estupros. Como pode a juventude se comportar dentro dos padrões morais, que recomendam a castidade e o respeito ao corpo, quando ela assiste o Presidente da República, em pleno Carnaval, na Marquês de Sapucaí, distribuindo cartelas de “camisinhas” aos foliões? Que mensagem um jovem faz em sua mente? É esta: “O sexo é livre; não precisa de compromisso com o outro; é apenas uma curtição; e agora pago pelas autoridades...”.


A partir daí vale tudo; inclusive o estupro, para aqueles que não conseguem por bem o prazer que procuram. Que comportamento pode ter um jovem que vê o Ministério da “Educação” colocar máquinas de distribuir camisinhas nas escolas públicas, vendo a sociedade se calar e sem coragem de denunciar esse atentado à educação?


Que controle sobre suas paixões pode ter um jovem que vê o seu professor de Ciências entrar na sala de aula com um kit sexual (pênis de borracha, camisinha, DIU, pílula abortiva do dia seguinte, etc.), para ensinar seus alunos a fazerem “sexo seguro”? Na verdade, esse sexo livre, ensinado nas escolas, é inseguro, porque é sujo, pecaminoso e perverso. Pois o sexo ensinado pela lei de Deus não é inseguro; é belo, gera os filhos, aproxima o casal.


Os adolescentes estão aprendendo, então, na escola, que o sexo é apenas um meio de prazer, prazer e prazer, independente de seu sentido e de suas consequências. Isso tudo vai desembocar nas milhares de meninas grávidas, estupradas, jovens doentes, etc. Dá para entender por que tanto estupro, assédio sexual, etc.?


Quem semeia vento colhe tempestade.



Felipe Aquino


Fonte: Mensagem Cristã: msg_crist@hotmail.com

quinta-feira, 26 de março de 2009

Penitência e mortificação



O cardeal Eugenio de Araujo Sales recorda aos fieis a importância da «penitência, a necessidade da mortificação, o dever da ascese».





O arcebispo emérito do Rio de Janeiro (Brasil) –em artigo difundido pelo portal de sua arquidiocese– afirma que o tema da penitência é «frequentemente ausente nas homilias da missa e em outras oportunidades».





«Alguns católicos, dada a atmosfera reinante, poderão até se admirar que eu aborde o assunto, porquanto sua estrutura espiritual se encontra profundamente deformada.»





«Esses e outros, que fazem ouvidos moucos às candentes invectivas bíblicas na matéria, detestam ouvir tratar da importância da abstinência, do jejum, de sua exigência em tempo quaresmal e em cada sexta-feira do ano. Em todas as sextas-feiras do ano? Perguntarão, surpresos. Sim, respondo eu. Ou melhor, está bem elencado no cânon 1251, do Código de Direito Canônico», explica.





Segundo o cardeal, «as razões de tamanha modificação na vida cristã moderna são várias, como a secularização, o subjetivismo, a contestação. Abordemos duas outras».«A primeira é o ambiente hedonista que respiramos, que se transformou em critério de comportamento ou sinal de veracidade. Tudo o que restringe o gozo dos sentidos é desprezado.»





«A segunda razão desse abastardamento», segundo Dom Eugenio, «é a falsa interpretação das normas conciliares. O Vaticano II aperfeiçoou o conceito de penitência, dando ênfase à identificação com o Cristo».





«As privações, os sofrimentos e outros atos, sem serem desvalorizados, assumiram mais o papel de meio para alcançar a necessária semelhança com o Senhor. Tal diretriz faz desaparecer aquela casuística que insistia mais no acidental que no essencial.»





«Igualmente –prossegue o arcebispo–, foi dada mais liberdade na escolha do modo, mas não no cumprimento do dever, em si mesmo. Infelizmente, muitos entenderam “alterar” como suprimir a ascese que entrou em recesso para muitas pessoas que se declaram fiéis à Igreja.»O arcebispo recorda que, em 1986, «o presidente da CNBB promulgou a Legislação Complementar ao Código de Direito Canônico, no que se refere aos cânones 1251 e 1253».





«Ei-la: 1º: “Toda sexta-feira do ano é dia de penitência, a não ser que coincida com solenidade do calendário litúrgico. Os fiéis, nesse dia, se abstenham de carne ou outro alimento, ou pratiquem alguma forma de penitência, principalmente obra de caridade ou exercício de piedade”.»





«2º: “A Quarta-feira de Cinzas e Sexta-feira Santa, memória da Paixão e Morte de Cristo, são dias de jejum e abstinência. A abstinência pode ser substituída pelos próprios fiéis por outra prática de penitência, caridade ou piedade, particularmente pela participação, nestes dias, na Sagrada Liturgia”.»






«O texto, por sua clareza, dispensaria maiores comentários elucidativos. Entretanto, desejo sublinhar que as sextas-feiras de todo ano, ordinariamente, são dias de penitência. Os fiéis têm bastante liberdade de escolher o modo, a maneira e não o exercício da ascese», afirma(...)«No momento em que o mundo põe o prazer sem referência à lei moral num pedestal de falsa divindade, o cristão, embora minoria, deve cumprir, com maior afinco sua missão de fermento do Bem e luz nas trevas, em um mundo enlouquecido», afirma.




Fonte: Zenit.com


terça-feira, 24 de março de 2009

O que Igreja diz e o que não diz sobre preservativo

BARCELONA, quinta-feira, 19 de março de 2009 (ZENIT.org).


Ao ler os jornais, dá a impressão de que a Igreja diz que, se uma pessoa vai ter relações com uma prostituta, não deve utilizar o preservativo, reconhece o presidente da associação dos médicos católicos do mundo.



José Maria Simón Castellví ilustra com este exemplo a superficialidade com que alguns meios de comunicação informaram sobre as palavras de Bento XVI nesta terça-feira, a bordo do avião que o levava a Camarões, quando esclareceu que o preservativo não é a solução para a AIDS.



«A Igreja defende a fidelidade, a abstinência e a monogamia como as melhores armas», indica o presidente da Federação Internacional de Médicos Católicos (FIAMC) em uma declaração concedida à Zenit.


Contudo, a mídia e inclusive alguns representantes políticos acusaram a Igreja de promover a AIDS na África. Obviamente, esclarece o médico, a Igreja não está dizendo que se pode manter todo tipo de relações sexuais promíscuas, com a condição de não utilizar o preservativo.



O Dr. Simón explica que, para entender o que a Igreja diz sobre o preservativo, é necessário compreender o que é o amor, como explicou o próprio Papa aos jornalistas, apesar de que essa parte de sua conversa foi censurada pela maior parte dos meios de comunicação.



«O preservativo é uma barreira, mas uma barreira com limites que muitas vezes se abrem. Especialmente em jovens pode não ser produtivo no que diz respeito à transmissão do vírus», acrescenta.



«Os médicos católicos estão a favor do conhecimento científico – declara. Não dizemos as coisas só por carga ideológica. Da mesma maneira que admitimos que um adultério de pensamento não transmite nenhum vírus mas é algo mal, devemos dizer que os preservativos têm seus perigos. Barreiras limitadas.»



O médico ilustra a posição da Igreja usando um caso histórico, recolhido por meios informativos.
Em Yaoundé, em 1993, aconteceu a VII Reunião Internacional sobre a AIDS com especialistas médicos e de saúde. Foi uma reunião da qual participaram cerca de 300 congressistas, e se distribuiu ao final um questionário para que se indicasse, entre outras coisas, se se havia tido relações sexuais durante os três dias que durou a reunião com pessoas que não fossem parceiros estáveis.



Dos pesquisados, 28% responderam que sim, e destes, 30% disseram que não haviam tomado «precaução» alguma para evitar contágios.



«Se isso ocorre entre pessoas ‘conscientizadas’, o que ocorrerá entre as pessoas normais?», pergunta.


Fonte: Zenit.com

segunda-feira, 23 de março de 2009

Tesouros do Vaticano X Fome na África




Papa não poderia trocar tesouros do Vaticano por comida para África




«Trocar tesouros do Vaticano por comida para a África. Topa?». Com esta mensagem um internauta abriu um espaço no Facebook. Em poucos dias, até esta sexta-feira pela manhã, 32.146 membros haviam aderido.






O cardeal Paul Josef Cordes, presidente do Conselho Pontifício Cor Unum, esclarece que, independentemente do aspecto provocador ou ideológico da proposta, o Papa não poderia aplicá-la, pois o direito internacional o impede. «Porque é uma vergonha ver as riquezas do Vaticano e depois o noticiário».




Na realidade, esclarece, a Igreja «tem a tarefa de conservar as obras de arte em nome do Estado Italiano. Não pode vendê-las». Explica que, quando nos anos 60 um benfeitor alemão fez uma doação para restaurar o Colégio Teutônico, que se encontra dentro do Vaticano, a direção dessa residência, como gesto de agradecimento, deu-lhe uma estátua simples, que não tinha um valor comparável a outras que se encontram nos Museus Vaticanos, que se encontrava dentro do colégio. Essa pessoa teve muitíssimos problemas com o Estado italiano, pois foi acusado de subtrair bens que a Itália deve custodiar, explicou o cardeal.




«Em todas as nações há medidas para a defesa das obras de arte, porque o Estado deve mantê-las», declara, recordando que os bens da Santa Sé também fazem parte da história cultural da Itália. O cardeal recorda, por outro lado, que sem a obra da Igreja Católica, o sistema de saúde e educativo de algumas regiões da África não existiria.




«Presidentes africanos reconhecem quando vêm encontrar com o Papa», explica o cardeal Cordes. Sem a Igreja na África, uma parte dos portadores do HIV ficaria abandonada, pois a Igreja, com sua rede de hospitais, é a instituição que acolhe o maior número de pessoas com este vírus.

Fonte: Cléofas

sexta-feira, 20 de março de 2009

O arcebispo de Recife e o Aborto



Uma analista explicou a ACI Prensa que por trás dos ataques contra o Arcebispo de Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, existe a urgência de esconder graves irregularidades no aborto que praticou à menina de 9 anos. Alberto R. S. Monteiro revelou que a discussão sobre a excomunhão foi criada intencionalmente por setores abortistas para desviar a atenção da opinião pública.



Segundo o analista, ninguém se inteirou que a menina foi incomunicada por uma trabalhadora social do Instituto Materno Infantil de Pernambuco em Recife, hospital estatal onde se começaram as gestões para o aborto “legal”; e que empregados do hospital, ao precaver-se que o pai biológico da menina estava disposto a resgatá-la com ajuda do Bispo de Pesqueira, Dom Francesco Biasin, permitiram que uma ONG abortista convencesse à mãe e a menor para transladá-la a uma clínica privada onde finalmente lhe praticaram o aborto.


Monteiro destacou a exagerada cobertura das declarações do Arcebispo de Recife e o silêncio absoluto da imprensa diante dos esforços do pai biológico da menor que sempre se opôs ao aborto de sua filha assim como do Bispo de Pesqueira e alguns de seus colaboradores que foram em procura de auxiliar à menina.


Segundo o analista, o pai da menina esgotou todos os recursos para tirar sua filha do hospital onde a mantiveram incomunicada, apesar que a lei prescreve que qualquer atenção para crianças menores deve contar com a expressa aprovação de seus pais. Pelo contrário, só encontrou resistência e uma trabalhadora social do Hospital não identificada que o enganou dizendo que se não abortasse, a menina morreria.


“Nenhum médico, psicólogo ou outro profissional deu explicações ao pai. A funcionária social manteve incomunicada à menina e enfrentou ao Conselho Tutelar de Alagoinha, povo natal da menina, que pedia deter os procedimentos de aborto.


Quando o pai e os membros do Conselho Tutelar perguntaram pela saúde dos três meninos. A funcionária lhes respondeu: ‘Não há três meninos aqui, só registramos uma, os outros são embriões’, apesar que os gêmeos por nascer já tinham 5 meses de gestação”, revelou Monteiro.


O pai da menor procurou então ao Bispo de Pesqueira, a cuja diocese pertence Alagoinha, para que interviesse no caso. Dom Biasin, a quem a imprensa brasileira não entrevistou, enviou a médicos e psicólogos da diocese para que assistissem a menor mas esta foi transladada a outro local por sua mãe, a quem representantes da ONG abortista Grupo Curumim convenceram da urgência do aborto.


Monteiro considera que o movimento abortista escolheu casos emblemáticos como o da menina de Recife para obter a aceitação do aborto na opinião pública, logo que a imprensa informasse a fins de janeiro sobre as ações que o Ministério de Saúde empreendeu para aumentar o número de abortos legais por violação e má formação fetal.


O jornal Folha de São Paulo informou que o governo de Lula está promovendo os serviços de aborto, equipa hospitais e capacita ao pessoal sanitário para que mais mulheres abortem. Folha considera um grande lucro que as cifras de aborto legal tenham crescido em 43 por cento em um ano. Desde 2,130 casos registrados em 2007 a 3,053 casos até novembro de 2008. “Entretanto, se a população soubesse o que na verdade ocorreu com essa menina o aborto seria ainda mais impopular no Brasil e no mundo”, sustenta Monteiro.


Para o analista, a mentira mais repetida neste caso foi o suposto risco de morte da menina grávida. “A menina nunca esteve em risco de morrer. No Brasil todos os anos se registram 30 mil gravidezes em meninas menores de 14 anos e não se registra nem um só caso de morte a causa da gravidez quando se lhe oferece controle pré-natal e um parto com cesariana”, indicou.


Neste sentido, questionou as pressões de alguns médicos como Carmelita Maia, médica legista do Instituto de Medicina Legal, que sustentaram diante da imprensa a suposta urgência do aborto para a menina. Entretanto, assinala Monteiro que “a doutora Maia cai em uma profunda contradição pois ela mesma afirmou também à imprensa que está fazendo sua tese de violência sexual na Fundação Oswaldo Cruz e tinha feito seguimento a 50 meninas grávidas menores de 14 anos. E quantas destas meninas que ela mesma atendeu morreram? Maia não menciona sequer um caso”.


Segundo Monteiro, “o Governo de Lula está disposto a incrementar o número de abortos legais recorrendo a todos os abusos e mentiras como as que se cometeram com a menina de 9 anos de Recife. Não se deterão diante de nada e nos seguirão falando de uma falsa excomunhão da menina para abusar impunemente de mulheres pobres ou inclusive de meninas pequenas que cairam em desgraça”.



quinta-feira, 19 de março de 2009

Palavras do Papa sobre preservativo



O porta-voz da Santa Sé comentou as palavras de Bento XVI sobre a luta contra a AIDS esclarecendo que, para a Igreja, a prioridade é a educação, a pesquisa e a assistência humana e espiritual, e não a opção exclusiva pela difusão de preservativos.


O esclarecimento que o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi S.J., publicou na tarde desta quarta-feira desde Yaoundé, deu-se através de um comunicado em resposta às interpretações da mídia e inclusive de representantes governamentais sobre a resposta que o Papa deu nesta terça-feira aos jornalistas na viagem de Roma a Camarões.


Um editorial de capa, publicado pelo diretor de L'Osservatore Romano, Giovanni Maria Vian, constata que alguns meios de comunicação reduziram a mensagem do Papa sobre a AIDS «a um só aspecto – também, tirado de contexto em chave polêmica –, ou seja, o dos métodos para enfrentar a difusão da AIDS».


Baseados em uma versão parcial que os meios informativos ofereceram nesta terça-feira das palavras do Papa em sua referência à AIDS e ao preservativo, representantes de instituições e governos lançaram duras acusações.


Por exemplo, o diretor executivo do Fundo Mundial de Luta contra a AIDS, Michel Kazatchkine, expressou sua «profunda indignação» e pediu ao Papa que retire suas afirmações, considerando-as «inaceitáveis», pois representam «uma negação da epidemia».


Expoentes dos governos da França e da Bélgica também atacaram com violência o Santo Padre.
O Pe. Lombardi precisou em sua declaração «que o Santo Padre confirmou as posições da Igreja Católica e as linhas essenciais de seu compromisso para combater o terrível flagelo da AIDS».


O porta-voz explicou que as três áreas de ação na luta contra a AIDS foram expostas por Bento XVI.


Em primeiro lugar, «a educação na responsabilidade das pessoas no uso da sexualidade e a reafirmação do papel essencial do matrimônio e da família».


Em segundo lugar, «a pesquisa e a aplicação de tratamentos eficazes para a AIDS e colocá-los à disposição ao maior número de doentes através de muitas iniciativas e instituições de saúde».


Em terceiro lugar, «a assistência humana e espiritual aos enfermos de AIDS, assim como de todos os que sofrem, que desde sempre estão no coração da Igreja».


«Estas são as direções nas quais a Igreja concretiza seu compromisso, considerando que buscar essencialmente em uma mais ampla difusão de preservativos não constitui na realidade o melhor caminho, o de mais amplo horizonte, nem o mais eficaz para enfrentar o flagelo da AIDS e tutelar a vida humana», concluiu o Pe. Lombardi.


Fonte: ZENIT.org

quarta-feira, 18 de março de 2009

Jejum: apelo à sobriedade de vida



O bispo de Angra (Portugal), Dom António de Souza Braga, considera que o jejum quaresmal constitui um apelo à sobriedade de vida.


Em uma Mensagem de Quaresma difundida (...) por Agência Ecclesia, Dom António de Souza recorda que «a caminhada penitencial da Quaresma deve levar-nos ao sentido originário do nosso batismo e às suas implicações concretas na vida do dia-a-dia».


«Através das práticas penitenciais, na linha da tradição bíblica: oração, jejum e esmola. Que caracterizaram sempre a caminhada quaresmal. Como expressão de conversão interior. De mudança na maneira de pensar e de agir», explica.


Segundo o bispo, nesta Quaresma do Ano Paulino, «somos convidados a uma leitura orante das Cartas de S. Paulo, que nos ensinam como ser cristãos, discípulos fiéis de Cristo e apóstolos audazes do Seu Evangelho».


«Neste mundo conturbado, à procura de um novo rumo, não há que ter medo de apresentar o Evangelho de Jesus, como caminho de progresso humano», afirma.


O bispo de Angra considera que ler a realidade à luz da fé «leva-nos a olhar para o momento presente, com os seus problemas e dificuldades, como ‘tempo favorável’, tempo oportuno de graça: kairós».


«Uma oportunidade para um salto de qualidade na civilização humana. Que vai, sem dúvida, custar sacrifícios. Mas que é caminhada para uma vida com abundância, conforme a promessa de Jesus. Que nos empenha e compromete.»


Nesse contexto, o bispo convida os fieis à prática do jejum. «Jejuar não é apenas abster-se de alimentos. O jejum constitui um apelo à sobriedade de vida. À contenção no consumo».
Isso «também em vista de uma maior partilha e entreajuda. Tão necessárias no mundo em que vivemos. Onde cresce o fosso entre ricos e pobres. Onde há famílias, que precisam de solidariedade efetiva».


Segundo o prelado, como o Bom Samaritano, «temos de nos fazermos próximo de todo o irmão que precisar de ajuda».


«É esse o sentido da prática tradicional da esmola. Que, às vezes, assume um significado pejorativo. Originariamente, era - e deve continuar a ser - expressão de solidariedade: ter piedade, capacidade de se com-padecer, de sofrer com», explica.


De acordo com o bispo, «foi assim o amor de Deus. Como Cristo no-lo revelou. Assim deverá ser o amor do próximo. No tempo e no lugar. Aqui e agora».



fonte: ZENIT.org

terça-feira, 17 de março de 2009

Por que os católicos veneram imagens?

Desde a antigüidade, o homem sempre usou pinturas figuras, desenhos e esculturas, entre outros, para dar a entender ou explicar algo. Estes meios servem para ajudar a visualizar o invisível; para explicar o que não se pode ser explicado com palavras. Quando o homem caiu pelo pecado e perdeu a intimidade com Deus, começou a confundir Deus com outras coisas e a render-lhe como se fossem deuses. Este culto era representado freqüentemente com esculturas ou imagens idolátricas. A proibição do Decálogo contra as imagens se explica pela função de tais representações.

Entretanto, ainda quando muitas pessoas pensam que o primeiro mandamento proíbe a veneração das imagens isto não é necessariamente assim. O culto cristão às imagens não é contrário ao primeiro mandamento porque a honra que se presta a uma imagem pertence a quem nelas é representado. Que dizer, se venera uma imagem não por ser a imagem em si, mas pelo que esta representa.

Neste sentido, Santo Tomás de Aquino em sua monumental Summa Theologiae assinala que "o culto da religião não se dirige às imagens em si mesmas como realidades, mas que as olha sob seu aspecto próprio de imagens que nos conduzem a Deus encarnado. Pois bem, o movimento que se dirige à imagem em quanto tal, não se detém nela, mas tende à realidade da que é imagem".
Inclusive já no Antigo Testamento, Deus ordenou ou permitiu a instituição de imagens que conduziriam simbolicamente à salvação pelo Verbo encarnado, e como exemplo disso temos a serpente de bronze ou a arca da aliança e os querubins.

As primeiras comunidades cristãs representaram a Jesus com imagens de Bom Pastor, mais adiante apareceram as de Cordeiro Pascal e outros ícones representando a vida de Cristo. As imagens têm sido sempre um meio para dar a conhecer e transmitir a fé em Cristo e a veneração e amor à Santíssima Virgem e aos santos. Prova disso, são as catacumbas -a maioria localizada me Roma- onde ainda se conservam imagens feitas pelos primeiros cristãos, como as catacumbas de Santa Priscila, pintadas na primeira metade do século III.

Entretanto, com a encarnação de Jesus Cristo foi inaugurada uma nova economia das imagens.Cristo tomou e resgatou os ensinamentos do Antigo Testamento e lhe deu uma interpretação mais perfeita em sua própria pessoa. Antes de Cristo ninguém podia ver o rosto de Deus; em Cristo Deus se fez visível. Antes de Jesus as imagens com freqüência representavam a ídolos, eram usadas para a idolatria. Agora o verdadeiro Deus quis tomar imagem humana já que ele é a imagem visível do Pai.

Maria e os Santos

A igreja Católica venera aos santos mais não os adora. Adorar algo ou alguém que não seja Deus é idolatria. Há que saber distinguir entre adorar e venerar. São Paulo ensina a necessidade de recordar com especial estima aos nossos precursores na fé. Eles não desapareceram no nada mas a nossa fé nos dá a certeza do céu onde os que morreram na fé estão já vitoriosos em Cristo.

A igreja respeita as imagens da mesma forma que se respeita e venera a fotografia de um ser querido. Todos sabemos que não é o mesmo contemplar a fotografia e contemplar a própria pessoa de carne e osso. Não está, então, a tradição Católica contra a Bíblia. A Igreja é fiel a autêntica interpretação cristã desde suas origens.

A igreja procurou sempre com interesse especial que os objetos sagrados servissem ao esplendor do culto com dignidade e beleza, aceitando a variedade de matéria, forma e ornato que o progresso da técnica tem produzido ao longo dos séculos. Mais ainda: a Igreja se considerou sempre como árbitro das mesmas, escolhendo entre as obras artísticas as que melhor responderam à fé, à piedade e às normar religiosas tradicionais, e que assim seriam melhor adaptadas ao uso sagrado.

quinta-feira, 12 de março de 2009

O PAPA E A CRUZ INVERTIDA








Recentemente recebi um email de um irmão em Cristo que confessa a fé protestante, que acusava o Papa de ser o Anti-Cristo, por usar uma cruz invertida em sua cadeira. O email trazia o link de um site, que possui várias imagens do Papa em Israel, sentado sobre esta cadeira. Segundo ele, o uso da cruz invertida era prova de confissão de fé Satânica.

Agora me vem uma pergunta: de onde se tirou a informação que cruz invertida é símbolo do demônio? Será que os seguidores da "Sola Scriptura" agora estão adotando livros de magia e satanismo como regras de fé, além da Bíblia? Podem me responder onde está escrito na Bíblia que a cruz invertida não pode ser usada como símbolo cristão?

Fui conferir o link e infelizmente comprovo que muitíssimas pessoas estão longe da Igreja de Cristo, por causa de uma caricatura que fizeram dela.

Um princípio cristão é o de julgar sempre com benevolência as ações do próximo, enquanto um sinal evidente de maldade não o se verifique. Além do mais, julgar temerariamente é um pecado que pode ser gravíssimo. Não se perde a alma só por causa delitos contra o sexto mandamento.

Na enciclopédia Larrousse tem uma relação de tipos de cruzes e seus nomes. A cruz invertida é chamada Cruz de Pedro. (Ex.: Cruz Tau ou de Santo Antonio - T adotada por São Francisco; Cruz Grega - dividida bem ao meio ; Cruz Latina - haste inferior prolongada ,tradicional; Cruz de Santo André - X ; Cruz Egipicia, Ortodoxa, Cruz de Malta , Cruz de Pedro (invertida)).
Na basílica de São Pedro, vc encontrará no sepulcro do Príncipe dos Apóstolos (São Pedro) a mesma Cruz, símbolo do seu martírio.

Orígenes (256 d.C.) foi o primeiro a relatar que São Pedro "foi crucificado de cabeça para baixo, porque ele pediu que pudesse ser martirizado desta forma" (Eusebio, História Eclesiástica, III, 1).



Eusébio de Cesaréia (nascido em 260 d.C. morto 341) escreveu a História da Igreja. Nela, ele escreve: "Pedro parece ter pregado em Pontus, Galácia, Bitínia, Capadócia e Asia para os Judeus da dispersão. E por fim, tendo chegado a Roma, ele foi crucificado de cabeça para baixo, como ele havia pedido para sofrer desta maneira. Estes fatos foram relatados por Orígenes no terceiro volume do seu Comentários sobre o Genesis".

O artigo da Enciclopédia Católica: "São Pedro, Príncipe dos Apóstolos"; confirma a crença tradicional de que São Pedro foi crucificado de cabeça para baixo numa cruz invertida: "Em relação à como Pedro morreu, nós temos uma tradição atestada por Tertuliano no final do segundo século e por Orígines de que ele foi crucificado.


Orígenes disse: foi crucificado de cabeça para baixo, porque ele pediu que pudesse ser martirizado desta forma". Como local de execução podemos aceitar como grande probabilidade os Jardins de Nero (Neronian Gardens) no Vaticano, uma vez que lá, de acordo com Tacitus, era utilizado como palco de cenas cruéis da perseguição promovida por Nero; e neste distrito, nas vizinhanças da Via Cornélia e no sopé das Colinas do Vaticano, que o príncipe dos Apóstolos encontrou seu sepulcro".






A cruz invertida utilizada pelos primeiros cristãos refere-se a crença tradicional de qual maneira São Pedro teve o seu martírio - e não um símbolo satânico - para nos lembrarmos da humildade deste servo de Deus, que não se considerava digno de morrer como seu Senhor.


Para citar este artigo:
LIMA, Alessandro. Apostolado Veritatis Splendor: O PAPA E A CRUZ INVERTIDA. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/696. Desde 1/27/2003.




quarta-feira, 11 de março de 2009

Diferença entre jejum no cristianismo e em outras religiões

Diferença entre jejum no cristianismo e em outras religiões

Por Carmen Elena Villa

O jejum no cristianismo se distingue desta prática em outras religiões, pois tem por objetivo descobrir Deus, e não descobrir a si mesmo.
Quando os cristãos jejuam, «não se fecham em si mesmos», mas «se unem ao seu Senhor, que jejua por quarenta dias e quarenta noites no deserto».
Assim manifestou o cardeal Paul Josef Cordes, presidente do Conselho Pontifício «Cor Unum», durante a coletiva de imprensa que concedeu nesta quarta-feira na Santa Sé, na qual foi apresentada a mensagem de Bento XVI para a Quaresma de 2009.

O sentido do jejum no budismo e no islã

Segundo declarou o purpurado alemão, que dirige o organismo vaticano encarregado de promover e coordenar a ação caritativa na Igreja, o objetivo do jejum, tanto no budismo como no islã, consiste em favorecer o cuidado do corpo, opondo-se à sua idolatria.

O cardeal assinalou como o sentido do jejum no budismo consiste no desapego dos bens terrenos, porque o corpo em si mesmo se converte em origem de sofrimentos: «deve desacostumar-se à ‘sede’ de coisas criadas, abandonar o desejo e as inquietudes que dele se derivam, matá-las dentro de si mesmo»; desta maneira se chega ao Nirvana, que consiste na extinção completa dos desejos.

Para o islã, o jejum é a quarta coluna que sustenta esta religião e uma prática obrigatória durante o mês do Ramadã.

Para os muçulmanos, existe outra razão para esquecer-se de tudo que é terreno: «Deus tem seu trono em uma distância infinita. Não se lhe pode encontrar no mundo. Só se comunica com a criação e com o homem mediante sua lei, a charia»; por isso, «seria uma heresia escandalosa afirmar que Alá tivesse como filho um membro do gênero humano».

O purpurado assinalou que o jejum em ambas as religiões tem algo em comum: «transcende a dimensão terrena e procura um objetivo muito além deste mundo: o ingresso no Nirvana ou a obediência a Alá, Senhor do céu e da terra».

Em ambas as religiões, «trata-se de libertar-nos do peso das coisas criadas», declarou.

O sentido do jejum cristão

Pelo contrário, para o cristão «o desejo místico não é nunca o descenso em si mesmo, mas sim o descenso na profundidade da fé, onde encontra Deus».

Ainda que seja importante aprender sobre as demais religiões, os cristãos devem aprofundar «na herança recebida e conhecê-la cada vez melhor. A revelação divina diz algo novo em cada época histórica; é inesgotável», constatou.

O cardeal deixou clara a diferença entre a rejeição do mundo por parte do budismo e as leis do Ramadã islâmico e da Quaresma cristã, que «oferece ao cristão um caminho espiritual e prático para exercitar sem recortes nem reservas nossa entrega a Deus».

Assinalou que, em sua mensagem quaresmal, o Papa não mostra o jejum com um aspecto negativo: «como poderemos nós desprezar nossa carne, se o Filho de Deus a assumiu, convertendo-se verdadeiramente em nosso irmão?».

Quando os homens jejuam com uma atitude interior de desejo de conversão, «em Cristo buscam a comunhão com o Tu divino. N’Ele buscam novamente o dom do amor que renova o ser cristão» e se comprometem «na luta contra a miséria, convertendo-se em mensageiros do amor de Deus».
Fonte: ZENIT.org

quarta-feira, 4 de março de 2009

O JEJUM QUE AGRADA A DEUS


Através dos escritos de Isaías, o povo de Israel se lamenta com Deus: “Porque jejuamos e vós não o vedes, porque nos mortificamos e vós não os sabeis?”


Mas Deus responde a esta pergunta: “É porque existem maneiras incorretas de se jejuar”


Dentro do texto que nos ocupa hoje, e que serve para a nossa meditação, jejuar e, ao mesmo tempo, ofender a Deus, desobedecendo aos preceitos ou mandamentos mosaicos; jejuar e ao mesmo tempo tornar-se violento, jejuar e ser agressivo, jejuar e não respeitar o direito do órfão, da viúva, do estrangeiro, jejuar e ao mesmo tempo cometer adultério, jejuar e levantar calúnias, ou então ser injusto nos negócios, este é um jejum que não agrada a Deus.


Na verdade Israel no passado jejuava, e jejuava muito mais do que nós jejuamos hoje, mas infelizmente, as mais das vezes, o jejum era acompanhado de todas estas práticas pecaminosas, e por isto mesmo, este jejum não agrada a Deus de forma alguma, não o agradou no passado, e continua a não agradar-Lhe no presente.


Nós somos chamados no início desta quaresma a jejuar, sobretudo com relação ao pecado. Sim cada um de nós conhece a lista de seus pecados, cada um de nós conhece os vícios que lhe tomaram conta da existência aos poucos.


Para uns, se trata de libertar-se da preguiça, e não se esqueçam, existe também uma preguiça espiritual, isto é, preguiça de rezar, preguiça de estar com Deus, preguiça de meditar.


Para um outro, se trata de coibir a sua gula, para um terceiro, jejuar da sua sensualidade exacerbada, para um quarto, jejuar com a língua, que infelizmente anda solta muitas vezes a falar mal do próximo, ou dos irmãos.


Este é um jejum que agrada sumamente a Deus. Cada um de nós olhe para dentro de si, em sua consciência, cada um de nós examine o que ainda não foi interiormente evangelizado, comece a jejuar a partir desta falta e deste pecado, Deus certamente levará em conta, e o conduzirá a uma restauração em Cristo.


Pe. Fernando J. C. Cardoso

Arquidiocese de São Paulo/SP

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Quaresma – Tempo de jejum, esmola e oração.

Fonte: Mensagem Cristã